Eduardo Halpern: sobre a ressignificação dos estudantes e das IES com a LIGA

Eduardo Halpern: sobre a ressignificação dos estudantes e das IES com a LIGA

Eduardo Halpern: sobre a ressignificação dos estudantes e das Instituições de Ensino com a LIGA

 

A aquisição de competências

 

A Liga Ecossistema Educacional pensa hoje em uma ressignificação do papel do estudante dentro das Instituições de Ensino. Eduardo Halpern é parte do time da Liga e concedeu uma entrevista com a equipe de conteúdo para contar um pouco mais sobre essa redefinição de perspectiva proposta pela Liga. 

 

Eduardo tem uma experiência docente de mais de 20 anos no Ensino Superior e diz acreditar que, hoje, ao entrar em uma Instituição de Ensino, os estudantes estão à procura da aquisição de competências. Dessa forma, não é possível apenas a apreensão do conteúdo. Um estudante, Halpern exemplifica, não entra em uma universidade apenas para aprender as bases conceituais de finanças, mas sim para ser apto a montar um planejamento financeiro, a montar uma análise de cenário e construir um orçamento. Ele acredita, portanto, que os estudantes devem aprender a lidar com as novas abordagens de ensino. Desse modo, as Instituições devem estar muito mais preparadas para auxiliá-los não apenas na apreensão de um conteúdo teórico, o qual dará fundamentação para a sua profissão, mas também em todo seu processo de adquirir as outras competências necessárias para o exercício efetivo do seu trabalho.

 

E quais seriam essas competências?

 

Eduardo cita competências como trabalhar em equipe, trabalhar criticamente, pensar com criatividade, a análise estruturada de problemas e a capacidade de liderar e argumentar em cima de um projeto. Portanto, muito mais do que um aluno em uma posição passiva de recepção de conteúdos transmitidos pelo professor, Halpern acredita que o estudante entra hoje tendo que se preparar para ser protagonista do próprio processo de aprendizagem.

 

A ressignificação dos estudantes e das Instituição de Ensino

 

O diretor acadêmico também diz que, com esse novo estudante que surge, as faculdades precisam se tornar uma espécie de curadoria, mentoria e um suporte para que o próprio estudante construa o seu processo de aprendizagem. Eduardo também frisa que os estudantes passaram a maior parte de suas vidas em uma posição passiva: ir para a sala de aula, copiar a matéria do quadro, assistir à aula, fazer as listas que o professor passa. Assim, eles veem o colégio ou a faculdade como coisas chatas, entediantes, meras demandas da lei ou do mercado de trabalho e obrigações da vida. Eles acabam por não enxergar nessas instituições uma verdadeira oportunidade de construção de conhecimento que tenha significado e que se possa levar tanto para a vida profissional quanto para a vida como um todo.

 

Halpern alerta que, quando as Instituições reorganizam o processo de aprendizagem e apresentam para o aluno uma alternativa, colocando-o em sala de aula como construtor do próprio conhecimento, tira-se o estudante da zona de conforto. 

 

Entretanto, se o aluno se engajar nesse processo, ele sai da Instituição com uma possibilidade de ampliação do próprio repertório muito maior do que ele teria com o modelo tradicional de ensino.

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