Relatório de sustentabilidade: como as empresas podem se preparar?

Uma nova pesquisa mostra as cinco maneiras pelas quais as empresas podem se preparar para atingir os objetivos do acordo de Paris.

 

De acordo com artigo divulgado pela World Economic Forum intitulado "Sustainability report: five ways companies should prepare", um número cada vez maior de empresas está procurando reduzir a emissão de carbono e abraçar os objetivos sustentáveis.

 

Foram feitos muitos progressos nos últimos 18 meses em relação ao estabelecimento de medidas sustentáveis. 

 

O IFRS, sigla inglesa para International Financial Reporting Standards, que é o  modelo de normas contábeis que as empresas devem seguir para atender às normas internacionais, propôs um Conselho de Padrões Internacionais de Sustentabilidade (ISSB, em inglês International Sustainability Standards Board), que será lançado em novembro na UN Climate Change Conference UK 2021. O G7 (G7 Finance Ministers), grupo informal composto por sete países que estão entre as maiores e mais industrializadas economias do mundo, já expressaram apoio ao ISSB, e isso mostra o rumo que o mundo dos negócios está tomando  para os próximos anos em relação às questões de sustentabilidade.

 

Uma pesquisa da EY intitulada "O futuro das normas dos relatórios de sustentabilidade" faz 5 recomendações para as empresas se prepararem:

 

1. Não espere que o relatório de sustentabilidade seja obrigatório.

 

As empresas já devem começar a se preparar para os novos regulamentos que surgirão. 

 

Embora seja esperado que o IFRS e as forças regulatórias priorizem as questões climáticas, as empresas devem considerar os relatórios em uma série de áreas de ambientais, sociais e de governança. Isso significa reunir informações a fim de informar as suas estratégias, gerenciar riscos e alcançar uma atuação mais forte e sustentável ao longo do tempo.

 

2. Colocar relatórios ambientais, sociais, de governança e sustentabilidade na agenda da diretoria.

 

A diretoria precisa entender como o investimento e as tendências ESG estão afetando o acesso ao capital e o relacionamento com os investidores, monitorando o desenvolvimento de relatórios internacionais de sustentabilidade bem como se inteirando quanto às iniciativas regulatórias relacionadas às áreas ESG (em português Sustentável, Social e Governança).

 

3. Priorize a construção de confiança nos seus relatórios de sustentabilidade.

 

À medida que as empresas divulgam mais informações relacionadas às áreas ESG, mais questões surgirão acerca da confiabilidade das suas iniciativas sustentáveis. As empresas precisarão construir confiança com o público e os seus investidores, garantindo que seus relatórios de sustentabilidade tenham processos e controles robustos com uma trilha de auditoria de suporte semelhantes aos dos relatórios financeiros.

 

4. Integre o setor financeiro.

 

A fiscalização dos padrões de sustentabilidade deve ser confiável para os  investidores.  

 

É preciso haver uma relação clara entre as informações financeiras e não financeiras dos relatórios, e os controladores financeiros podem usar suas experiências para moldar processos e controles de relatórios não financeiros.

 

5. Contribuir no processo de estabelecimento das normas.

 

As empresas não devem apenas esperar enquanto as normas de sustentabilidade se constroem. Elas precisam participar ativamente desse processo, respondendo a consultas do governo e participando de reuniões com os reguladores, por exemplo. 

 

As organizações que se anteciparem nessas práticas irão se beneficiar de maior credibilidade nas discussões de definição de padrões de sustentabillidade.